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Butão o Trovão da Felicidade!

O Butão fica aos pés do Himalaia no seu extremo Leste, faz fronteira com a gigante China a Norte e a incrível Índia a Sul.


O governo regula estritamente as influências estrangeiras e o turismo para proteger e preservar a identidade, cultura e meio ambiente do país.


Sendo considerado um dos países mais isolados do mundo.


Existem 3 grupos étnicos e 16 dialetos num país de apenas 38 mil m2 e 700 mil habitantes. Apesar de vários dialetos, o idioma oficial, falado por todos é o Dzongkha.


A palavra Butão, que no idioma local é Druk, significa “terra do dragão do trovão”, por conta das tempestades violentas do Himalaia.


É um país de tradições distintas, intrigante, diferente.



Não é permitido viajar sem guia e sem motorista daí que estamos sempre acompanhados.


Reservei esta viagem através de uma amiga que estava a fazer voluntariado no Nepal e me conseguiu o contacto de uma agência local. Hoje sou amiga do dono, Raju que nos recebeu como família e nos apoiou em todos os detalhes com o máximo carinho e dedicação.


Recomendo bastante a sua agência além de ter confiança no trabalho desenvolvido, os preços são bem competitivos, uma vez que o Butão é um país caro.



As magnólias deslumbram por todo o lado, gigantes e vaidosas!


A melhor época para visitar este pequeno mundo, vai de Outubro a Maio, sendo que de Novembro a Fevereiro pode nevar e as trilhas de trekking no Himalaia fecham.


Outubro é o mês dos festivais de dança e de máscaras. A temperatura pode variar entre os zero e os 30 graus, sendo que à noite e de manhã bem cedinho faz frio a sério.


Os meses de Agosto e Setembro são os mais chuvosos. As companhias aéreas do Rei são o único modo de entrar no país, Druk Air ou Buthan Airlines. Há voos de Delhi e Calcutá (Índia), Katmandu (Nepal) e Bangkok (Tailândia) diretos para Paro.


O Raju tratou-nos de tudo, inclusivamente dos vistos de entrada no país. Mas atenção esta deve ser uma viagem planeada, devido à burocracia que é necessária e às autorizações para entrar no país.


Como moeda local é usado o Ngultrum: 100 BTN valem 1,82 USD. O cartão de crédito é aceite nos hotéis e restaurantes.


Paro é onde fica o único aeroporto internacional, mas a capital é Thimphu.


Na descida, o avião passa muito perto das montanhas, algumas chegam a ter 7 mil metros de altitude. Quase dá para tocar nos picos nevados. Todos se querem sentar do lado esquerdo e aguardar o piloto anunciar o Everest.



Para estar no Butão, paga-se uma taxa de turismo e conservação por dia e não existem categorias de acomodação inferiores, como albergues ou guest houses, no mínimo, será um hotel de 3 estrelas.

A forma tradicional de receber um visitante e dar as boas-vindas é colocando um lenço ao redor do seu pescoço: o kadar.


O Butão é um dos 43 países cercados por terra, do tamanho da Suíça.


É a democracia mais jovem do mundo, cuja primeira eleição se deu em 1998.



A grande maioria das pessoas veste os trajes tradicionais, os homens vestem o gho, uma espécie de roupão amarrado à cintura e as mulheres usam a khira, um vestido estampado amarrado com alfinetes e um blazer por cima, chamado toego.


A comida típica do Butão é o ema dhatsi, queijo com chili servido com arroz. Eles comem isso 3 vezes ao dia. Por vezes comem alguma carne a acompanhar, mas normalmente é apenas gordura (toucinho). É muitíssimo picante mesmo.


Experimentámos jantar em casa de uma família, aparentemente uma cena montada para turista, preservando apenas o essencial dos costumes locais. Confesso que só repetiria se o príncipe me convidasse para um banquete.


Comem sentados no chão, com uma espécie de fogão a lenha no meio, de onde sai um calor difícil de suportar. Sentámo-nos nuns tapetes imundos para onde, de vez em quando escarram bocaditos de toucinho completamente gordo.


Além deste toucinho um arroz espapaçado e umas cenouras que consegui engolir juntamente com uns vómitos disfarçados, com o intuito de nunca ser inconveniente perante tamanha hospitalidade: paga pelas agências (por nós) a peso de ouro!


Apesar de serem budistas e não poderem matar, comem carne, mas importam da Índia.

Estendem a carne a secar e assim conservam-na durante mais tempo.


A base da economia é o turismo, a agricultura e a energia hidroelétrica. Não tem indústrias no Butão.


Plantas de canabis são encontradas por todo o Butão, nas ruas, jardins, onde crescem naturalmente.


A planta não é usada para fins medicinais mas sim por diversão, é chamada de happiness plant, fazendo alusão à política da Felicidade Interna Bruta. No entanto, não é permitido fumar em público, só em casa.


O Butão abriu oficialmente as suas portas aos visitantes somente em 1974, depois de viver por séculos em total isolamento.


Diferente do Nepal, onde a mudança de altitude é gradativa, no Butão ela é brusca. Por isso, muitas pessoas sofrem do mal da altitude ou dores de cabeça fortes, principalmente nos trekkings.


São budistas, prestam culto ao guru Rinpoche conhecido como o Segundo Buda.


São felizes, adeptos da poligamia, relacionamentos homossexuais são aceites naturalmente.


Vivem com pouco luxo em pequenas comunidades rurais que não valorizam a privacidade. A televisão só chegou por lá há cerca de 10 anos.


O desporto nacional é o arco e flecha;


Esculturas e desenhos fálicos enfeitam as fachadas das casas em homenagem ao guru Drukpa Kuenley, Deus da fertilidade.


Simbolizam prosperidade e afastam espíritos maus.


Dos 700 mil habitantes, 100 mil são monges e 8 mil são militares.



Thimphu é uma das poucas cidades da Ásia onde não há sinais de trânsito, tem policias sinaleiros para evitar acidentes.



O grou de pescoço preto, pássaro nativo ameaçado de extinção, é extremamente protegido. Aquele que for condenado por matar um grou no Butão, terá a sentença de prisão perpétua.


Este pequeno reinado ficou famoso por integrar na sua política e economia o indicador da Felicidade Interna Bruta (FIB). Enquanto os modelos tradicionais de desenvolvimento visam o crescimento económico e medem o Produto Interno Bruto; o Butão, apesar de fechado e isolado noutros aspectos, inovou com o conceito de FIB.

A base desta medida é que o verdadeiro desenvolvimento de uma sociedade acontece em equilibro com a cultura, o meio ambiente, e a maneira como o povo vive. O Butão acredita que o desenvolvimento espiritual e o desenvolvimento material tem que acontecer simultaneamente, complementando-se e reforçando-se.


Os pilares da Felicidade Interna Bruta são: desenvolvimento socio-económico sustentável e igualitário. Todos têm onde morar, acesso a serviços de saúde e educação; preservação e promoção dos valores culturais.


As lendas, as vestimentas, a arquitetura, a religião, as tradições são mantidas; conservação do meio ambiente. Florestas e animais são protegidos pelas leis.

O rei Jigme Khesar Wangchuk que está desde 2008 no poder, um jovem recém-casado, amado por todos e educado na Europa; coloca o bem-estar do povo acima de qualquer interesse económico.


No seu reinado impera a simplicidade, o salário mínimo é cerca de $100 e está entre as nações mais pobres do mundo, de acordo com a ONU.


O país tem índices baixíssimos de violência, não tem mendigos, fome zero e não tem registro de corrupção administrativa.



Bonito de pensar, mas estando aqui, difícil de entender... não fora a planta da felicidade e queria ver como eles se mantinham nesta alegria aparente com acesso às redes sociais!


O Butão tem um problema sério com os cães de rua, é mesmo uma situação complicada, há muitos cães abandonados, por todo o lado. Ladram durante toda a noite, incomoda bastante é mesmo um desespero.



As cidades mais visitadas do Butão são:

Paro, Thimphu, Gangtey, Punakha e Bumthag.

Chegámos a Paro, ao aeroporto Internacional e dirigimo-nos para Thimphu, a capital e maior cidade do Reino do Butão.


Pelo caminho visitamos o Templo Tamchhog Lhakhang. Este templo foi construído por Thang Thong Gyalpo, um tibetano que construiu muitas pontes de ferro neste país.



Seguimos até ao Kuenselcholing e daqui temos uma vista deslumbrante de todo o vale de Thimpu.


Este é um local sagrado e cheio de graça e harmonia!

Encontramos muitas bandeiras ondulando livremente ao sabor do vento, à volta dos Mosteiros, nos locais sagrados, presas às árvores...


O costume vem do Tibete e remonta ao século XI. Foi o grande mestre indiano Atisha (982-1054) que ensinou aos seus discípulos como imprimir orações e mantras em pedaços de tecido, a partir de blocos de madeira gravados.

Esta prática não é uma superstição nem as bandeiras são talismãs.



O Budismo, que Sua Santidade o Dalai Lama diz ser uma ciência da mente, debruça-se há muito sobre a natureza e o funcionamento dos fenómenos.


Nenhuma das nossas ações é estéril, sejam elas de corpo, palavra ou mente, todas produzem efeitos conforme a natureza da motivação que as suscita.


Seguindo esta lógica elementar, imprimir textos sagrados com uma intenção pura é uma fonte de energia positiva, que produz naturalmente efeitos benéficos.


O vento, em contacto com os símbolos sagrados, espalha por toda a parte os votos para o bem e para a felicidade temporal e última de todos os seres, criando assim um vasto campo positivo.


Cada cor simboliza um elemento, uma energia. O branco simboliza o éter, o azul a água, verde o ar, o vermelho o fogo e o amarelo a terra.

Encontramos a maior estátua de Buda no Butão.


O Buda Dodema, com uma altura de 55m é o Buda da Compaixão.

Ali mesmo ao lando fica o Takin Zoo, o lendário animal do Butão. Reza a lenda que o Takin ganhou vida graças ao Lama Drukpa Kuenley, conhecido popularmente pelos ocidentais como “o louco divino” e famoso pela sua sabedoria. Ao juntar os ossos de um bode com os de um antílope, criou-se um novo animal.


É uma cidade colorida que nos atrai à primeira vista.


Visitamos o Mosteiro da Fortaleza chamado Trashichhoedzong.



Foi construído na Idade Medieval, é o lugar de onde todo o reino do Himalaia é administrado.


Encontramos aqui quase todos os escritórios do governo.

A Biblioteca Nacional, a Escola de Artes e Ofícios, o Museu Têxtil.


A tradicional fábrica de papel é digna de uma visita!


Passeámos pelo mercado local, bem interessante.

Visitámos a Estupa Memorial do Rei.


A National Memorial Chorten, uma estupa construída pelo rei como protecção aos elementos negativos da modernização e monumento à paz mundial.



A estupa é muito bonita e a forma dos butaneses rezarem é dando voltas ao redor dela recitando mantras e assim cumprindo seu dever religioso.


Do Hotel onde ficámos via-se a estupa e toda a movimentação em seu redor. Hotel Tashi Yoedling.


E o Mosteiro Cheri.



E ai vamos nós a caminho de Gangtey.

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