As águas cristalinas de San Blas
- Ana Marecos
- 15 de fev. de 2017
- 3 min de leitura
Estive algumas vezes em San Blas e fiquei sempre com a sensação de que um dia voltaria de novo, o coração dita verdades que, por vezes, a razão desconhece.
San Blas é um lugar lindo, inevitavelmente ficamos ligados talvez por magia indígena.

Por vezes, contei com a preciosa ajuda do meu amigo Kuna Eric Tours Gomez em quem deposito confiança para cruzar estes mares em segurança.

Guna Yala (ou Kuna Yala) é uma comarca indígena autónoma, que tem uma interferência mínima do governo panamenho.

Existe mesmo uma fronteira, por isso é obrigatório levar o passaporte.

Este é sem dúvida o lugar paradisíaco, mais de 360 ilhotas e florestas intactas, cabanas feitas de bambu, madeira e folhas de palmeira e um colchão para deitar.



Pé na areia, lagosta e peixe fresco grelhado ou frito.
Ou para os que não se deixam seduzir pelo peixe, frango e arroz com salada.
Um mar de tonalidades únicas e de uma temperatura doce e suave.

A Cidade do Panamá fica na costa do pacífico, por isso, para chegar à costa do Atlântico são precisas cerca de duas horas de jipe.

A vegetação é exuberante.

E depois a distância das ilhas dependerá daquela que escolhemos, mas as mais bonitas são as que ficam mais longe (cerca de uma hora de barco).

Muitas vezes o mar está bem picado e a viagem não é fácil.

Tudo é pago em dólares, por isso convém levar dinheiro trocado:
. A entrada na reserva são 20USD;
. As entradas nas ilhas 3USD;
. O barco ida e volta 30USD;
. A comida é negociável, mas cerca de 20USD;
. As bebidas 2USD;
. A viagem de jipe 50USD ida e volta por pessoa.
Se for para pernoitar, somamos também o valor das diárias, que deverá ser pago ao chegar à ilha e inclui todas as refeições do dia.
A melhor época para ir é de Dezembro a Março, céu azul e pouca probabilidade de chuva.

Pernoitar nas ilhas é maravilhoso, o céu enche-se de estrelas, a partir das 22h não existe luz artificial…

Os indios Kuna são tímidos e se formos ficando, tornam-se mais afáveis e mais abertos.

No entanto, não são de grandes conversas, gostam de se manter resguardados.

Gostam que valorizemos os seus trabalhos de artesanato, mesmo quando não compramos.

Tudo é de uma simplicidade enorme, para quem gosta do contacto com a natureza, sem nada de luxos, nada de extras… tudo aqui vale a pena, cada segundo nos enche de uma emoção que só é explicável pela exuberância da natureza circundante.

Até há tempo para uma sestazinha descansada, apenas escutando o barulho das ondas do mar.

Em todos os lugares conhecemos e encontramos alguém muito especial...

de quem ficamos com saudades...

Ou muito muito mesmo muito especial.... capaz de atravessar a praia a perseguir o barco a motor que já voa nas águas de regresso ao porto e que leva os seus turistas preferidos!

Ou de uma beleza inexplicável...

Vale a pena ir aos Cayos Holandeses que são ilhas totalmente virgens, não estão habitadas, embora sejam mais distantes.
Quando o mar não está muito agitado e nos oferece a possibilidade desta aventura, não há como hesitar, a distância e o bater das ondas é esquecido no momento em que saltamos para bom porto nos cayos holandeses e percebemos que temos umas ilhotas repletas de vegetação, recantos desenhados na perfeição... só para nós!
Agora atenção: antes de ir veja bem quem quer levar consigo nesta aventura!
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