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Lisboa menina e moça

Bem haja o nosso querido Carlos do Carmo e a sua voz que canta Lisboa (composição de: Ary Dos Santos, Fernando Tordo, Paulo Carvalho)


No castelo, ponho um cotovelo

Em Alfama, descanso o olhar

E assim desfaz-se o novelo

De azul e mar


À Ribeira encosto a cabeça

A almofada, na cama do Tejo

Com lençóis bordados à pressa

Na cambraia de um beijo


Lisboa menina e moça, menina

Da luz que meus olhos veem tão pura

Teus seios são as colinas, varina

Pregão que me traz à porta, ternura

Cidade a ponto luz bordada

Toalha à beira mar estendida

Lisboa menina e moça, amada

Cidade mulher da minha vida


No terreiro eu passo por ti

Mas da Graça eu vejo-te nua

Quando um pombo te olha, sorri

És mulher da rua

E no bairro mais alto do sonho

Ponho o fado que soube inventar

Aguardente de vida e medronho

Que me faz cantar


Lisboa menina e moça, menina

Da luz que meus olhos veem tão pura

Teus seios são as colinas, varina

Pregão que me traz à porta, ternura


Cidade a ponto luz bordada

Toalha à beira mar estendida

Lisboa menina e moça, amada

Cidade mulher da minha vida


Lisboa no meu amor, deitada

Cidade por minhas mãos despida

Lisboa menina e moça, amada

Cidade mulher da minha vida


A cidade onde nasci.


Lisboa está na moda é verdade, mas nunca deixará de ser a Lisboa antiga, a Lisboa do fado que deixa saudade, a Lisboa bairrista!


Setembro é um mês óptimo para visitar a cidade pois abranda o turismo e o Sol continuará a brilhar exibindo o seu esplendor e oferecendo luz a quem passa.


Há muito para visitar em Lisboa mas podemos e devemos fazê-lo passo a passo, com a calma que esta cidade merece.


No Centro Histórico concentram-se alguns dos mais belos monumentos.

Podemos iniciar o nosso passeio pelo Parque Eduardo VII, cuja estação de metro é mesmo Parque, na linha Azul.


Antes de ver o Marquês de perto vamos distanciar-nos dele e subir todo o parque, desfrutar das árvores e dos recantos ajardinados, e chegar ao Miradouro cuja vista da cidade é magnifica.

Avistamos o famoso Marquês ao longe, o Homem responsável pela dinâmica reconstrução da cidade, após o terramoto de 1755; se repararmos vimos o Castelo de S. Jorge e ao fundo o rio Tejo.


Em 1903 em homenagem ao rei Eduardo VII do Reino Unido, pelas fortes ligações históricas entre Portugal e Inglaterra, o Parque recebeu o nome de Parque Eduardo VII.


Daqui podemos descer novamente até à rotunda do Marquês de Pombal e chegar bem perto desta maravilhosa estátua, uma obra espantosa. Ter o prazer de pisar esta calçada, desenhada a preceito, simbólica e majestosa.


Caminhar em qualquer lugar do mundo, sobretudo nas cidades é a maneira perfeita de respirar e sentir mais o lugar onde estamos.


Seguimos pela Avenida da Liberdade, passeando e observando as montras, as estátuas, a calçada. Aqui se encontram as lojas mais caras do mundo, podemos aproveitar uma pausa para umas compras, ou eventualmente, um café, para os menos ousados.


Até chegar à Praça dos Restauradores andamos cerca de 1km, aqui encontramos o obelisco que celebra a libertação do domínio espanhol, Liberdade e Independência, em 1640.


No final da Avenida da Liberdade encontra-se o famoso Hard Rock Café.


Aqui temos também o antigo Teatro Eden e mesmo ao lado o Elevador da Glória.


A nossa intenção é subir ao Bairro Alto, podemos subir no Elevador da Glória, ou caminhar pela colina.


O elevador foi construído em 1885 e ainda hoje exerce a sua digna atividade! É um ícone da nossa cidade.


Se subirmos de elevador encontramos à nossa direita o Jardim e o Miradouro de São Pedro de Alcântara, cuja vista é impressionante.


O Bairro Alto é um dos mais antigos de Lisboa, muito típico, as ruas estreitas e calçadas íngremes pedem uns ténis bem confortáveis pois o dia ainda vai no início. E é seguindo estes caminhitos que nos envolvemos em pleno bairro.


Este é um lugar para voltar à noite boémia de Lisboa, para ouvir o fado, para deitar abaixo uns copos de vinho, servidos em jarro.


É o lugar das lojas alternativas, dos cafés, das tascas. É altura de repararmos nos prédios centenários, nas casitas de comércio, nos candeeiros, em pormenores aqui e ali... que à noite nos escapariam.


O Fado faz parte da nossa cultura lisboeta, letras inspiradas por marinheiros portugueses e a herança árabe da cidade. Jantar numa Casa de Fado é um programa obrigatório em Lisboa, e uma chance de experimentar a culinária, os vinhos e a cultura local.


Se estiver aqui pela manhã aproveite para provar um pastel de nata (bolinho famoso fantástico) na Manteigaria, a loja tem esse nome pois está instalada no edifício da antiga Manteigaria União – que antes vendia manteiga e queijos. Ao ouvir as badaladas de um sino, no Largo Camões, há que prestar atenção, provavelmente são os pastéis de nata da Manteigaria a sair do forno!


Andando por ali não podemos perder a Rua da Rosa, a Rua do Norte, Rua da Atalaia...


Acabaremos por descobrir a linda Praça Luis de Camões onde não precisamos esperar para ver passar um dos famosos eléctricos!


Vamos agora caminhar até ao Largo do Chiado, onde fica o café a Brasileira, um dos mais famosos da cidade. Claro que não podemos abdicar da foto com a estátua do poeta Fernando Pessoa.... eu, como ele, diria agora... “tenho em mim todos os sonhos do mundo ”!


Vale a pena ficar uns instantes, petiscar um salgadinho ou um bolo, beber um café, entrar neste espaço de arte.


Depois vamos descer a Rua Garrett e virar à esquerda na segunda para a calçada do Sacramento, subindo ao Largo do Carmo, onde encontramos as ruinas do Convento do Carmo séc. XIV.


O pequeno passeio ao lado do Convento dá acesso ao Elevador de Santa justa, faz a ligação do Carmo à Baixa Pombalina. Também chamado de elevador do Carmo, abriu em 1902 e em 1907, começou a trabalhar a energia elétrica, sendo o único elevador vertical de Lisboa. Aconselho subir os 30 metros do Elevador e apreciar a vista da baixa da cidade lá de cima do Miradouro.


No fim da descida estaremos na Rua de Santa Justa e é um pulinho até à famosa Rua Augusta mas, por agora, não vamos descer até ao Arco!


Lojinhas e muitos turistas, alguns cafés e restaurantes, esta é uma rua pedonal. Viramos no sentido oposto ao Arco em direção à Praça do Rossio ou Praça de D. Pedro IV, a seus pés, quatro figuras femininas representam a Justiça, a Sabedoria, a Força e a Temperança, qualidades atribuídas a D. Pedro.


Além da estátua do Rei lindíssimas fontes adornam esta praça, e o imponente Teatro Nacional D. Maria II, filha de D. Pedro que completa este cenário grandioso.


Estando de frente para o Teatro ainda podemos ver a Estação Ferroviária do Rossio.


Atravessando a Praça numa das ruas ou mesmo ao lado da Pastelaria Suiça encontramos outra Praça não menos famosa, a Praça da Figueira onde está a estátua de D. João I montado no cavalo. Aqui está a Confeitaria Nacional, onde podemos sempre alegrar o nosso estômago novamente com um docinho.


E daqui iremos até Alfama, o bairro mais antigo de Lisboa a caminho do Castelo de São Jorge.

Mas não antes de visitar a Igreja de São Domingos, a mais antiga de Lisboa.



A Igreja de São Domingos, com raízes no século XIII e de intensa importância para a monarquia portuguesa, sofreu muito com um incêndio em 1959. Depois de quase 40 anos com as portas fechadas, reabriu com poucas reformas e muitas marcas dessas tragédias, em 1994.



E mesmo ali na esquina aproveitamos para beber uma ginjinha com elas!! Uma bebida alcoólica local feita a base de fruta (ginja: parecida com cereja).


Se estiver na hora do seu almoço vamos até à linda Casa do Alentejo antes de beber a ginjinha.


A visita é gratuita, com uma coleção de azulejos incrível logo no seu primeiro pátio de inspiração árabe.


Embora se possa chegar ao Castelo de variadíssimas formas, a mais típica é subir no eléctrico 12 que se apanha na Praça da Figueira e depois uns passinhos a pé.


Vamos olhando Alfama pelas janelas do eléctrico e descansando um pouco as pernas.


Passamos a Igreja da Sé onde foi batizado Santo António em 1195 na fonte da capela franciscana e que merece uma paragem para visita.


E finalmente vamos visitar o Castelo de São Jorge e aproveitar a vista que tem sobre a cidade. Aqui habitaram romanos, visigodos e mouros.


O Castelo foi ainda lar da Família Real Portuguesa. Símbolo do período medieval da história, o Castelo de São Jorge ocupa o topo de uma colina com vista para o centro histórico de Lisboa para o Tejo. Protegido por enormes fortificações, pode ser visto de quase todos os lugares do centro da cidade.


É mais fácil agora aproveitar a descida, a descer todos os Santos ajudam, e visitar calmamente o Bairro de Alfama, vamos perder-nos na teia de ruas estreitas e becos medievais, pequenas praças escondidas e igrejas antigas, tabernas e casas rústicas pintadas de branco com as suas varandas cheias de vasos de flores e roupa estendida.


Esta descida terá como meta a famosa Rua Augusta que vamos agora descer até ao Arco. Para mim a subida ao Arco é imperdível, antes de entrar na majestosa Praça do Comércio mesmo à beirinha do rio Tejo.


Chegar à linda Praça do Comércio, o Terreiro do Paço, é chegar à principal entrada marítima da cidade, onde ainda hoje podemos ver a escadaria em mármore que sai do Rio Tejo em direção à Praça.


O nome Terreiro do Paço é uma referência ao Palácio que ali esteve durante 400 anos e que ficou destruído quase na totalidade no terramoto de 1755 que assolou Lisboa.



A partir de 1910 o Palácio atual tornou-se sede de escritórios do Governo. No centro da Praça está a cavalo D. José I.


Mas Lisboa não acaba aqui... teremos muitos passeios para fazer juntos enquanto revelarei a minha cidade!




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