Floripa para os amigos
A Capital do Estado de Santa Catarina é linda e cheia de emoção, tem muitas trilhas, praias, Sol e gente bonita!
Voando na Tap Air Portugal até Porto Alegre ficamos a uma hora de distância de voo de Floripa ou a 5 horas e pouco de carro.
Não é particularmente fácil circular nem estacionar, tem muito trânsito, mas deixámos o carro num parque onde encontrámos uns seres lindos, uns mochos-galegos extraordinários e curiosos!
O Sul da ilha, a parte mais bucólica de Florianópolis, respira a cultura dos colonizadores açorianos.
As lindas praias do Campeche e do Morro das Pedras, o mirante... a Lagoa do Peri, onde funciona o Projeto Lontra.
A Praia da Armação e a Praia do Matadeiro, acessível por trilha. Estes são alguns exemplos que valem a pena mas o tempo nem sempre ajuda e a nossa meta principal enquanto o Sol nos abençoou era a Ilha do Campeche.
Para visitar a Ilha temos que reservar com antecedência e pagar 100 reais em dinheiro.
A marcação é feita para uma determinada hora e mesmo assim temos de esperar que o barco encha.
A viagem dura cerca de uma hora e dá para enjoar um pouco pois o barco vai muito devagar.
Apesar das inúmeras recomendações infelizmente encontramos lixo em especial na zona do res-taurante.
Não deviamos esquecer NUNCA que os animais procuram os restos de comida e estamos a destruir a forma de vida natural deles! E os filhotes aprendem os hábitos com os pais...
Campeche vale muito a pena embora haja um numero limitado de visitas por dia, há muita gente na praia. Existe apenas um restaurante e um barzinho.
Fica a dica: na pacata Praia do Pântano do Sul é possível comer uma tainha pescada na hora.
Muita coisa me fará voltar a Florianópolis, por exemplo conhecer o Ribeirão da Ilha e assistir ao pôr do sol numa pracinha à beira-mar, a comer umas ostras. Este é um dos principais pontos de cultivo da ilha, 85% da produção nacional.
A região está repleta de casarios açorianos.
Corremos uma grande parte da Ilha mas a chuvinha acabou por nos impedir de fazer as trilhas que tínhamos planeado.
Ficam por fazer a Trilha da Costa da Lagoa, acessível só pela mata ou pelo mar. O caminho demora cerca de duas horas para ser percorrido, mas o trajeto pela Mata Atlântica é bem sinalizado e cheio de atrações tem uma cachoeira, um antigo engenho de farinha, além de aves e até macaquinhos que habitam a região.
No final da trilha, encontram-se um lugar pitoresco, onde a gastronomia local é o grande destaque. Ai poderemos degustar a famosa sequência de camarão ou uma anchova assada na brasa.
Para voltar, é possível apanhar um barco para o centro da Lagoa.
Fica ainda a trilha ecológica do Parque Estadual do Rio Vermelho, inaugurada em 2014. Corre pela direita a Lagoa da Conceição. A trilha fica aberta de terça a domingo entre as 10h e as 17h. O passeio é gratuito e acompanhado por um guia do parque.
É possível ver espécies como macacos, tartarugas, araras – muitas delas vítimas de maus tratos ou de tráfico. A trilha pode ser percorrida em menos de uma hora – há um local destinado para fazer piquenique, para quem quiser levar a sua própria comida.
Bem perto do parque fica a entrada para a desértica praia de Moçambique, a mais extensa da ilha, com mais de 7 km. Seguindo para o Norte encontramos o mirante da Praia Brava, com uma vista privilegiada para a orla.
Ainda a Lagoinha de Ponta das Canas, uma praia tranquila, de cerca de 1 km de extensão, reduto de pescadores. Com sorte pode ver-se pescar um cardume de tainhas – peixe típico do inverno em Santa Catarina.
Ainda no Norte, a Praia de Cachoeira do Bom Jesus concentra boas opções para comer à noite.
Jantámos uma sequência de camarão, camarão na abóbora e mais uns petiscos na Costa da Lagoa no restaurante Bokas, francamente não adorámos nem a comida, nem o ambiente. O buffet de saladas é muito pobre.
Dormimos na pousada Keanu ...
muito agradável e a um preço acessível.
E lá seguimos em direção a Santo António de Lisboa, a 15 km do Centro.
A Igreja de Santo António de Lisboa foi erguida no séc. XVIII, a singela igreja da Nossa Senhora das Necessidades cheia de detalhes do período Barroco.
É uma das três mais antigas Vilas da Ilha de Santa Catarina, com uma forte tradição pesqueira e arquitectura colonial, lindos casarões antigos e bem preservados.
Vale a pena passear sem pressa pelas ruas de Santo António de Lisboa e apreciar as lojinhas de artesanato local.
Amo este Brasil cheio de cores e de imaginação, de tudo se faz algo com as mãos, enche-me a alma!
O Boteco Tonho é o exemplo do quanto a nossa imaginação pode voar e de tudo o que se pode fazer reciclando e colorindo!
O mar da baía não convida a mergulhos, mas em compensação a vista é privilegiada: ao longe é possível ver a ponte Hercílio Luz.
A ponte foi projetada e construída durante o governo de Hercílio Luz para ser a primeira ligação terrestre entre a ilha e o continente. O idealizador não viu seu sonho ser concluído, pois morreu em 1924, doze dias depois de inaugurar uma réplica de madeira. O nome da obra seria Ponte da Independência, mas foi mudado após a morte de Hercílio, em póstuma homenagem.
Fomos visitar Florianópolis e almoçámos por lá, percorremos a pé o Centro da capital. Vale a pena conhecer a “velha figueira” da Praça XV, transplantada para o local em 1891 - e que dá nome ao Figueirense.
Fica em frente ao largo da Catedral Metropolitana.
O Palácio Rosado, que abriga o museu Cruz e Souza. Erguido entre 1750 e 1765, o local foi residência dos governadores até 1954.
O Mercado Público de Florianópolis é um clássico para a happy hour.
O caldo de cana bem fresquinho é saboroso e dá energia, bebe-se muito bem.
A cidade é agradável de se visitar tem espaços de lazer e uma arquitectura colonial bem cuidada.