Balão sobe na linda Bagan
Voámos de Yangon para Bagan com a Golden Myanmar Airlines.
Fica aqui os contactos da Yang a minha amiga vietnamita que nos ajuda sempre nas viagens pela Ásia:
sales.yinyangtravel@gmail.com
Uma coisa que considerei espetacular são os voos domésticos estarem sempre ao horário, super cumpridores. As distâncias são curtas, voando é muito rápido.
Também muito importante é confirmar os voos através do telefone um dia antes de voar. Ou pedimos ajuda ao pessoal do Hotel para fazer essa confirmação ou, com os serviços da agência que eventualmente tenhamos contratado.
Bagan é um dos lugares onde encontramos mais turistas, considerando que Myanmar ainda não tem muito turismo comparado com o resto dos países asiáticos; o governo impõe o pagamento de uma taxa de turismo logo à chegada no aeroporto, mas que serve para a entrada nos templos todos da cidade; e o mesmo acontece no Lago Inle numa espécie de fronteira improvisada.
No entanto nalguns lugares já exigem que se pague também um valor para tirar fotografias, vão caminhando no sentido da exploração que se faz ao turista; por um lado é normal, por outro deveriam criar-se condições para as pessoas, antes de exigir que elas paguem.
Em Bagan ficámos duas noites no lindíssimo Tharabar Gate, embora caro e já um pouco oldfashioned, o design interior e a conservação dos quartos; os espaços exteriores estão muito bem conservados e os empregados são de uma simpatia ímpar.
Adorámos este lugar, a comida excelente, inesquecível!
Fiz uma massagem relaxante maravilhosa.
Bagan é a capital ancestral do Império. Fundada no séc II, capital do primeiro Império Birmanês, é hoje uma das mais importantes e sagradas cidades do Sudeste Asiático.
Ainda atualmente aqui encontramos cerca de 3 mil templos que datam dos séculos XI a XIII.
Visitamos o Nyaung Oo Market, um mercado local onde sentimos de perto os hábitos deste povo.
Os templos formam um cenário absolutamente surreal.
Os templos imperdíveis, de entre os milhares, são tantos que procurarei nomear alguns...
... no entanto podem não coincidir com as fotos pois vimos tudo o que conseguimos e mais teríamos visto sem nos cansarmos!
Deixo assim as imagens de deslumbramento que nunca esquecerei.
Sulamani Pahto: era um dos mais bonitos templos de Bagan, mas infelizmente foi parcialmente destruído por um terramoto em 2016;
Dhamma Yangyi;
Gawdaw Palin;
Dhammayazika;
Thatbyinnyu: o templo mais alto de Bagan, com 66 metros de altura;
Nathlaung Kyaung: único templo hindu de Bagan;
Gubyaukgyi;
Bulethi;
Htilominlo, templo conhecido pelas suas escavações de gesso e decorações de arenito vidrado;
Lawkanana, templo com famosos murais de JATAKA;
Shwezigone Pagoda, imagem do Buda Esmeralda trazido da China;
Pagode Lei Thee;
Templo Ananda, o templo mais sagrado de Bagan, com 4 imagens de Buda em pé; contém as duas únicas imagens de Buda cujas expressões parecem mudar, dependendo da distância a que vimos a estátua.
Templo Manuha;
Os pormenores, os interiores... a riqueza!
Destaque para os Templos Tayokepyay, Nandamanya e Phaya Thone Zu, conhecidos pelos seus requintados murais do séc. XIII e para as grutas do Mosteiro Kyat Kan, o retiro mais famoso para meditação da cidade; as grutas não achei nada de especial, são umas catacumbas muito humidas e sem nada lá dentro.
Bupaya;
Tant Kyi Taung;
Mingalazedi;
Shwegugyi: um dos templos mais bem preservados de Bagan, bastante indicado para ver o pôr-do-sol;
Manuhar; Pyathadar Hpaya; Myauk Guni;
Shwesandaw: o templo mais popular para ver o pôr-do-sol;
No primeiro dia almoçamos no Be Kind to Animals, The Moon, um restaurante vegetariano que gostámos muito.
No dia seguinte...
Fizemos o passeio de Balão que recomendo, sem dúvida, no entanto deixo a dica aproveitem bem para tirar fotos pois quando começamos a descer mandam-nos ficar em posição de aterragem na altura em que tiraríamos as melhores fotos... nessa posição ficamos a ver o cesto do balão e nada mais até pousar.
Já tinha voado de Balão na Namíbia e fizemos fotos até ao chão.
Depois vendem-nos umas fotos que são tiradas por uma Go-Pro e de verdade, as 12 fotos eram quase todas iguais entre si, além de que um cartão (para obter as fotos digitais), cujo código é igual para todos, custa 20 USD. Se estiver num grupo basta alguém comprar e depois passar a todos. Na minha opinião deveriam ser oferecidas afinal esta viagem custa a módica quantia de 300 USD por pessoa.
Mas, sem dúvida, ver os balões levantar voo e assistir lá de cima ao nascer do Sol é uma benção.
Depois da aterragem um brinde de Champagne!
Fizemos uma paragem relaxante para tomar um excelente pequeno almoço no nosso magnifico hotel.
De seguida fomos a Salay e ao Monte Popa.
A viagem é atribulada mas interessante, muitos pedintes na esperança que passem turistas e lhes ofereçam algo.
Muitas jovens mulheres trabalham duramente alcatroando as estradas sem recurso a maquinaria e pergunto eu porque lhes será vedado o acesso às áreas mais sagradas dos templos?
Monte Popa é um vulcão extinto, conhecido como “a casa dos espíritos”, onde observamos a área rural. Aqui produz-se doces de palma.
Subimos 777 degraus para alcançar o topo do Monte e o seu templo no rochedo.
As pessoas desdobram-se em trabalhos para ganharem o pão de cada dia que distribuem nos templos generosamente, com uma crença e uma fé que lhes permite seguir a vida mesmo que miseravelmente.
Apesar de termos que andar descalços neste nojo onde os macacos urinam, as pessoas cospem, deitam lixo à toa... confesso que me deslumbra esta fé desmedida, me cativam estes sorrisos doces...
Sei que não venho por acaso!
Visita ao antigo Mosteiro de Salay (fechado à segunda e terça-feira)