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A inconfidência de Tiradentes

Tiradentes era o apelido do líder da Inconfidência Mineira, Joaquim José da Silva Xavier. Nascido na Vila de São José Del Rei, em Minas Gerais, no ano de 1746.

Marcou o seu nome na história brasileira ao participar de uma tentativa de revolução contra o domínio da coroa portuguesa no reinado de D. Maria, a "louca".

O inconfidente morava em Vila Rica, atual cidade de Ouro Preto.

Tiradentes vivia de forma simples, como um homem do povo, sem influência política ou dinheiro.



Mas os seus ideais e liderança sonhavam mais alto e fizeram com que se unisse a um grupo da aristocracia mineira para iniciar o movimento da inconfidência, que tinha como objetivo conquistar a Independência do Brasil.

Em 1789, no meio do movimento de luta contra a exploração de Portugal, Tiradentes acabou delatado por Joaquim Silvério dos Reis. O movimento da inconfidência foi descoberto pela coroa e os inconfidentes foram julgados no ano de 1792.

Como grande parte dos membros da inconfidência fazia parte da elite mineira, muitos deles receberam penas leves. O único condenado à forca foi Tiradentes. Ele foi executado e esquartejado a 21 de abril de 1792, para mostrar ao povo o poder da coroa portuguesa.


Partes do seu corpo foram expostas em postes na estrada que ligava o Rio de Janeiro a Minas Gerais. A sua casa foi queimada e os seus bens confiscados.


Após a sua morte, Tiradentes passou a ser considerado um herói nacional, que entregou a sua vida pela luta da independência do Brasil.


Este Homem inspirou muitos revolucionários e idealistas.

Em 1965, foi instituído no Brasil o Feriado de Tiradentes, comemorado exatamente no dia 21 de abril, data da morte do inconfidente.



Exerceu diversos trabalhos entre eles minerador e tropeiro (condutor de tropas de animais, transportadoras de mercadorias). Também foi alferes, fazendo parte do regimento militar dos Dragões de Minas Gerais.


Era um excelente comunicador e orador.


Entre as profissões que teve, estava a de dentista amador, por isso foi apelidado de Tiradentes.




Minas Gerais foi berço de uma das revoluções mais importantes na luta pela independência do Brasil.

O movimento que se revoltou contra os abusos da Colónia ficou conhecido como Inconfidência Mineira.


O percurso desde Belo Horizonte faz-se muito bem, as estradas são boas e em cerca de 3 horas e meia estávamos já a jantar no lindíssimo restaurante TragaLuz.


A comida é razoável mas as sobremesas são uma autêntica tentação, deliciosas mesmo, em especial a do doce de goiaba e a do doce de leite! De comer e chorar por mais.


A decoração do restaurante também é especial.


Dormimos no Antiquário & Pousada da Matriz, onde fomos muito bem recebidos. A Pousada está muito bem localizada, é um lugar bem simples e pouco sofisticado, a precisar de uma boa recuperação e mais atenção a detalhes e limpeza.


O pequeno almoço foi óptimo e a paisagem do jardim linda!



Este percurso dá continuidade à Estrada Real, vale a pena adquirir o Passaporte e ir carimbando nestas cidades e lugares tão especiais e tão bem preservados.

O nosso passeio em Tiradentes foi extraordinário, as igrejas, o centro histórico, algumas lojinhas e cafés com uma decoração digna de foto!


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Um ambiente calmo, descontraído, todos os recantos dão vontade de fotografar.




























Vale a pena destacar a Igreja Matriz Santo António esculpida pelo Aleijadinho, tem um orgão português e as Fénix seguram os candelabros.



Gostaria de destacar a importância da obra de Aleijadinho por muitas destas paragens:



António Francisco Lisboa, mais conhecido como Aleijadinho, possui uma vasta obra, entre talha, projetos arquitetónicos, relevos e estatuária, realizada em Minas Gerais, especialmente nas cidades de Ouro Preto, Sabará, São João del-Rei e Congonhas.



Com um estilo relacionado ao Barroco e ao Rococó, é considerado pela crítica brasileira, quase em consenso, como o maior expoente da arte colonial no Brasil e, ultrapassando as fronteiras brasileiras, para alguns estudiosos estrangeiros é o maior nome do Barroco americano, merecendo um lugar de destaque na história da arte do ocidente.

Diz-se que era pardo-escuro, tinha voz forte, a fala arrebatada, e o génio agastado: a estatura era baixa, o corpo cheio e mal configurado, o rosto e a cabeça redondos, testa volumosa, o cabelo preto e anelado, a testa larga, o nariz regular, os beiços grossos, as orelhas grandes, e o pescoço curto".


Aleijadinho era filho de uma escrava e de um mestre-de-obras português. Iniciou a sua vida artística ainda na infância, observando o trabalho do seu pai que também era entalhador.


Por volta dos 40 anos de idade, desenvolve uma doença degenerativa nas articulações. Não se sabe exatamente qual foi a doença, aos poucos, foi perdendo os movimentos dos pés e mãos. Pedia a um ajudante para amarrar as ferramentas em seus punhos para poder esculpir e entalhar. Demonstra um esforço fora do comum para continuar com sua arte.


De acordo com o relato, Aleijadinho tinha plena consciência de seu aspecto terrível, e por isso desenvolveu um humor perenemente revoltado, colérico e desconfiado, imaginando que mesmo os elogios que recebia por suas realizações artísticas eram escárnios dissimulados.


Na fase anterior à doença, as suas obras são marcadas pelo equilíbrio, harmonia e serenidade. São desta época a Igreja São Francisco de Assis, Igreja Nossa Senhora das Mercês e Perdões (as duas na cidade de Ouro Preto).


Já com a doença, Aleijadinho começa a dar um tom mais expressionista às suas obras de arte. É deste período o conjunto de esculturas Os Passos da Paixão e Os Doze Profetas, da Igreja de Bom Jesus de Matosinhos, na cidade de Congonhas do Campo.


Morreu pobre, doente e abandonado na cidade de Ouro Preto.




















Ainda em Tiradentes gostaria de destacar o Chafariz S. José de Botas, com as suas 3 bicas, uma para beber, outra para os cavalos e outra para lavar roupa.


Dai até Bichinhos a natureza e o seu encanto perseguem-nos ....

Aqui a inesquecível prova da cachaça e venha Mazuma!!!!




Comprei um doce de leite com café que nem consigo descrever... e eu que achei que não gostava de doce de leite!!



O artesanato de uma criatividade singular, adorei passear por aqui.


Tal é esta demonstração de criatividade, onde já se viram galinhas tão vaidosas!

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Pavões feitos de caricas!

Caixotes do lixo pintados de fresco!

Trabalhos em madeira incríveis.


Parámos na Casa Torta mas estava fechada não deu para visitar por dentro.


A experiência de almoçar no Tempero da Ângela deu descanso à nossa barriguinha com verdadeiras delicias desta região mineira onde a comida é maravilhosa.


Seguimos para S. João del Rei onde passeámos...



Visitámos grande parte das Igrejas, a Catedral Basilica Nossa Sra do Pilar onde encontramos azulejos portugueses;


A Igreja São francisco de Assis e a sua linda fachada, a deslumbrante Igreja de Nossa Srª do Carmo.



Entre outras lindas igrejas...



São João já é uma cidade grande, difícil de percorrer a pé, mas com muito da nossa construção colonial, fascinante!


É a maior cidade setecentista.



Parámos ainda em Prados cheia de lojas de artesãos, algumas igrejas...


E subimos ao Mirante do Cruzeiro onde já se via o Sol descer!




E assim fica sempre o desejo de repetir estes momentos e reviver também um pouco da nossa história!







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