Ninho do Tigre
- Ana Marecos
- 4 de ago. de 2018
- 2 min de leitura
Partimos de Punakha, antiga capital do Butão, em direcção a Paro.
O trajeto é feito em 4 horas pela única estrada do país, sinuosa e precária.
Cruzando alegremente com estes coloridos camiões.
Num cenário de montanhas e muitas árvores uma paisagem que não cansa.
Paro é considerada a capital turística deste reino do Himalaia.
Aqui visitaremos o Mosteiro Taktsang o famoso Ninho do Tigre.
Segundo a lenda, o Mosteiro foi construído no séc. VIII.
O Mosteiro é popular porque Guru Rimpoche (Padmasambhava) meditou aqui numa caverna e foi construído em torno dessa caverna.
Nenhum templo é mais sagrado e lendário do que o Taktshang Goemba, o Ninho do Tigre.
A cidade de Paro fica a 2400m e o templo fica a mais 800m devidamente trilhados montanha acima entre ladeiras íngremes e escadarias sem fim.
Tiger's Nest apresenta-se aos nossos pés após umas duas horas e meia de caminhada!
Ainda fiz uma parte a cavalgar mas confesso que tive muita pena do bichinho cansado a subir por aqueles pedregulhos fora e galguei a pé sem medos!
Sem dúvida, vencidos pelo cansaço resta-nos agradecer muito mesmo termos chegado até aqui!
Os verdes ofuscados por véus deliciosamente formados pela altitude, pela humidade...
A cada passo os olhos descansam numa natureza pura...
Parece um mundo mágico...
Em cada cantinho encontramos muitas oferendas e orações budistas.
Segundo diz a lenda, o Guru Rinpoche - uma das figuras religiosas mais importantes do país - voou até o topo desta montanha montado num tigre no séc. VII e passou três meses a meditar na caverna antes de espalhar o budismo pelo país.
O silêncio, a devoção dos monges, o cheiro do incenso envolve o ambiente e transporta-nos quase para outra dimensão!
Dizem as gentes do Butão que uma hora de meditação no Ninho do Tigre equivale a três meses de meditação noutros templos.
Estamos a uma altitude: 3200m
Na chegada, um mercadinho com o artesanato local espera-nos com a tranquilidade de quem já vendeu muito...
Paro é uma cidade bem pequena.
Tem uma população de menos de 5 mil habitantes, mas é muito visitada tanto pelo sagrado Mosteiro como por ser a cidade onde chegam os voos internacionais.
É a porta de entrada do Butão.
Fomos ao Correio para uma experiência super engraçada que consiste em tirar a foto que queremos ter nos selos que vamos enviar a alguém.
Dormimos no Metta Resort mas sinceramente estava tudo muito degradado e ouvia-se demasiado barulho dos cães abandonados a ladrar toda a Santa noite!
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