Vale da Lua o Espírito dos Andes
Fomos de teleférico ter com a Ana, uma amiga querida que teve a paciência de nos acompanhar em alguns lindos passeios.
A viagem de teleférico é bela mas também difícil de descrever, um misto de sensações que enlouquecem o olhar!
Custa verdadeiramente a acreditar naquilo que os olhos alcançam, milhares e milhares de casas, construções muito pobres, vidas que não conseguem esconder o quadro de miséria!
Dirigimo-nos para o lindo
Valle de la Luna
A exuberância da natureza a desabrochar livremente em cada recanto.
O vale é uma das atrações naturais próximas de La Paz, entre as cidades de Mallasilla e Mallasa.
A estrondosa beleza das formações rochosas assume no nosso imaginário uma espécie de paisagem lunar!
O sítio arqueológico formado por rochas que sofreram erosão ocupa uma área de cerca de 3 Km.
Foram criadas trilhas e outros acessos para facilitar a passagem dos visitantes. O passeio pela área dura cerca de uma hora.
À saída a Ana levou-nos a experimentar uma sandes de porco maravilhosa com couratos feita pelas, carinhosamente chamadas Cholitas.
As Cholitas vestem trajes típicos, saias rodadas e blusas coloridas.
Além do vestuário peculiar, o awayo – uma espécie de manta, normalmente feita de lã de alpaca complementa o traje multi-colorido.
O awayo serve de ajuda para transportar cargas, como alimentos, roupas, utensílios domésticos e até crianças.
O seu cabelo é entrançado e usam chapéu.
São mulheres de origem campesina, embora habitem as cidades, dedicando-se ao pequeno comércio de artesanato, flores, comidas, etc.
São as responsáveis pelo sustento da casa, além da criação dos filhos.
É notável a diferença social entre os bolivianos de origem europeia e os de origem indígena, o preconceito ainda é grande na Bolívia, mas já foi pior.
Até às últimas décadas, Aymaras e Quechuas estavam proibidos de entrar em restaurantes, taxis e alguns locais públicos. Por gerações foram impedidos de circular livremente.
Com o governo de Evo Morales foi decretada a lei “Contra o Racismo e Toda Forma de Discriminação”, o que contrapôs estas atitudes.
