Roteiro no Cambodja
Viagem ao Laos e Cambodja
9 a 26 de Novembro
CAMBODJA
A capital do Cambodja é Phonm Penh.
A moeda é o Riel, mas tudo se paga em dolares.
Convém levar notas pequenas de dolar para pagar, pois as refeições, por exemplo, andam em torno dos 3 dolares, a cerveja não chega a 1 dolar.
A principal religião deste país é o Budismo.
O Visto fizemos online, custa 35 USD, é necessário passaporte valido por mínimo de 6 meses, 1 foto tipo passe (que se passa logo numa imagem online). Tem a duração de 30 dias. Evitamos filas à chegada para entrar no país.
Um dos países mais visitados da Ásia pois é lá que ficam as ruínas de Angkor, a cidade perdida no meio da floresta.
As monções do Cambodja vão de Maio a Outubro, mas chove diariamente entre Julho e Setembro.
A melhor época para visitar o país é entre Novembro e Abril, razão pela qual escolhemos Novembro.
O Camboja sofreu muito durante o Império Khmer e a guerra do Vietname.
A pobreza é visível em todos os cantos do país, eu diria mesmo que é chocante.
Por causa das cheias que são habituais, as casas são altas e sustentadas por estacas. Debaixo destas estacas tudo acontece, a vida continua, além da sombra, criam-se animais, brincam crianças...
Siem Reap fica no Noroeste do Cambodja e é a cidade mais importante do país, devido à proximidade dos templos de Angkor.
Dia 17 de Novembro
Chegamos de manhã cedo a Siem Reap
Conhecemos o nosso doce Chantrea, o guia que nos acompanhou durante a viagem.
Não destaco nada de muito interesse nesta cidade. À noite todos vão parar à Pub Street. É uma rua bastante animada, onde encontramos bares, discotecas, restaurantes, música ao vivo...
Uma das especialidades gastronómicas mais relevantes é o barbecue khmer que conta com algumas carnes exóticas no menu.
Há muitas queixas de intoxicações alimentares sobretudo devido à higiene, neste caso, à falta dela.
Recomendo sinceramente que provem o tradicional Amok .
É sempre bom ficar alerta com os furtos e os golpes que as crianças tentam aplicar em turistas.
É considerado falta de respeito mostrar os ombros e os joelhos ao entrar nos templos, assim como devemos descalçar os sapatos.
No entanto, verificamos que se mostram bem flexíveis em relação a todas estas regras, ao contrário de Myanmar que são muito rigorosos nesta exigência.
Visitámos a aldeia piscatória de Chong Kneas, situada na margem do maior Lago de água doce do Sudeste da Ásia, o Tomle Sap.
A área do Lago muda seis vezes por ano por causa da estação das monções.
Nós seguimos num barco para uma vila de pescadores para observar os estilos de vida dos locais.
Chong Kneas é um aglomerado de três aldeias de casas flutuantes construídas dentro das plantas inundadas.
A floresta de mangue inundada circunda a área e é o lar de uma variedade de vida selvagem, incluindo macacos comedores de caranguejo. No entanto, infelizmente só os vimos fechados em jaulas degradantes e com um ar desolador.
As casas flutuam amarradas a bidões de plástico e os seus habitantes movem-se no lago, utilizando pequenos barcos de madeira, caixas de esferovite, caixas de plástico... o que a imaginação conseguir abarcar!
Existe uma enorme exploração das crianças e também dos animaizinhos coitados que elas transportam, custa observar esta forma de tentar sacar uns tostões aos turistas.
É gente muito pobre, miserável mesmo, observamos tristemente a dor que lhes vai na alma, a raiva que sentem é visível até aos que se tentam abstrair daquelas imagens.
Ficamos marcados por estas imagens, arrasados.
Existem gangs organizados que vão buscar crianças aos intervalos das escolas ou nas férias escolares e os colocam em locais que fazem passar por escolas de órfãos. Estes lugares estão minados de oportunistas, mas isso não impede o nosso coração de sufocar as lágrimas que evitamos.
O que vale é que logo de seguida o Chantrea nos levou a um lugar lindo, onde as flores de Lotus espalham Amor.
Dormimos 2 noites no charmoso Wheel Garden Residence Hotel
Dia 18 de Novembro
Levantámos de noite ainda para ver o Nascer do Sol na Cidade Perdida de Angkor Wat. Mas o Sol esteve bastante envergonhado!
Angkor é um complexo de mais de 1000m2 e fica a 5km de Siem Reap. Até aos dias de hoje não sabemos porque foram abandonados estes templos.
É a maior construção religiosa do mundo.
Angkor Wat Temple
Ta Prohm Temple
Phimeanakas Temple
Baphuon Temple
Bayon Temple
South Gate of Angkor Thom City
Muita coisa fica por ver, mas seria preciso muito mais tempo e, na verdade, um dia em cheio vale muito a pena. Por mim não morria de Buda se ficasse mais um dia, mas o calor é muito e sendo um grupo grande, considero que foi o ideal.
Jantar Buffet com Show Cultural
Dia 19 de Novembro
De Siem Reap seguimos para Battambang.
Pelo caminho fizemos uma paragem para ver a pedra trabalhada em grandes e pequenas esculturas.
Provamos uma deliciosa banana grelhada no carvão, cortada muito fininha.
E depois há quem se aproveite das mãos do Buda para um merecido descanso!
Seguimos para um momento divertido e patusco, apenas serviu para descontração, mais parece um trajecto de um comboio da feira popular... o famoso Bamboo Train. Vai a famelga toda e cruzamos com o mundo por estas paragens!
O Comboio de Bambu é uma pequena plataforma motorizada que segue em poucos Kms a ferrovia estreita que liga Phnom Penh a Battambang.
Paisagens muito bonitas e até a celebração de um casamento.
Almoçamos num lugar muito especial.. a casa do tio do Chantrea.
Fomos recebidos de uma forma maravilhosa e foi uma ideia que acolhemos de muito boa vontade, pagaríamos um valor simbólico e almoçaríamos em família, sob os costumes deles.
Estava uma maravilha.
Sorrisos que falam por si.
Daí seguimos para a montanha Phnom Sampeou é um lugar conhecido como uma das cavernas dos Campos de morte no Cambodja.
Histórias demasiado difíceis de escutar.
O Khmer Vermelho executou milhares de pessoas na montanha, e muitos foram atirados no tecto das grutas e deixados a morrer ao frio e na escuridão. Uma das cavernas tem pilhas de crânios, ossos e roupas das vítimas que perderam as suas vidas aqui.
Que lugar triste não achas?
E finalizamos o dia de uma forma muito original a assistir ao pôr-do-Sol e à saída de milhões de Morcegos da sua gruta!
Possivelmente a visão mais memorável de toda a nossa viagem.
Impressionante, escandalosamente fantástico... não tenho palavras para descrever a originalidade deste momento!
Chul (brindemos)!
Dormimos no Ravorn Villa Boutique, não fiquei fã uma decoração muito artificial, parecia lindo quando reservei mas depois não conseguiu conquistar-me.
Dia 20 de Novembro
Hoje fazemos a viagem de Battambang para Phnom Penh, a duração aproximada é de 5 horas.
Passando pela linda Oudong Mountain
A antiga capital Real do Cambodja, Phnom Oudong remonta ao início do séc. XVII.
É actualmente o lugar de descanso oficial do mais sagrado dos ossos de Buda, possuídos pelo Cambodja.
Subimos as escadas até o topo da Montanha Oudong e desfrutamos das magníficas vistas das planícies.
Jantámos em grande festa num Grego super simpático!
Há pessoas que parece que estão à nossa espera do outro lado do mundo!
Dormimos 2 noites no Vacation Boutique Hotel, adorei este lugar, linda e cuidada decoração, mesmo um hotel boutique, digno do seu nome!
Pequeno almoço à la carte servido a rigor, maravilhoso.
Dia 21 de Novembro
Hoje visitamos a cidade de Phnom Penh
Phnom Penh é o nome da maior cidade e capital do Cambodja.
Desde o período colonial francês, significa literalmente, Colina da Penh, em alusão à Senhora Penh que segundo a lenda ter-se-á deparado com uma figura de Buda num tronco oco que veio ao seu encontro com as cheias do rio Mekong. Esse seria um sinal de que este queria uma "nova casa" pelo que mandou construir o Wat Phnom ou Templo da Colina.
Atenção aos tuk-tuks, dizem que são os piores de todos os lugares da Ásia, a enganar os turistas!
Killing Field Museum Cheoung Ek
Os Campos de Morte de Choeung EK, onde existia um cemitério chinês antes de se tornar um centro de execução para o Khmer Vermelho durante o reinado maníaco de Pol Pot entre 1975 e 1979.
Choeung Ek é uma das muitas valas comuns em todo o país que datam dos dias do Kampuchea Democrático.
Se a história recente do Vietname já era triste e violenta, a do Cambodja aperta ainda mais o coração.
Cerca de 2 milhões de pessoas foram mortas, em quatro anos, pelas mãos do sanguinário Pol Pot. Muitas foram brutalmente espancadas com martelos, paus, pedras e folhas de palmeira entre outros objetos e enterradas ainda vivas... bebés, crianças, mães, homens, idosos... ninguém escapava.
Prison Museum Toul Sleng
Visitamos Toul Sleng, conhecido como o Museu dos Crimes de Genocídio. Em 1975, a Escola Toul Svay Prey High foi tomada pelas forças de segurança de Pol Pot e transformada numa prisão conhecida como prisão de segurança 21 (S-21).
Foi usado pelo Khmer Vermelho como centro de detenção e tortura no final de 1970.
Actualmente abriga exposições, pinturas e fotografias de muitas das vítimas.
Encontramos aqui dois sobreviventes testemunhas destes dias tristes e cujo olhar denúncia os pesadelos da Alma.
Royal Palace
O Palácio Real é um complexo de edifícios que serve como a residência do Rei do Cambodja.
Silver Pagoda
O pagode de prata está localizado à parte do complexo do palácio. Abriga muitos tesouros nacionais, como estátuas de ouro e jóias de Buda.
Passeámos muito pela cidade, até porque o trânsito é de tal forma caótico em alguns lugares que não conseguimos andar, senão a pé.
Visitámos e almoçamos pela zona do Russian Market.
O mercado russo, assim chamado pelos estrangeiros porque a população expatriada russa predominantemente comprava aqui na década de 1980.
Tem uma grande variedade de artesanato e antiguidades, grande parte são falsos, incluindo Budas em miniatura, esculturas em madeira, sedas, jóias de prata , instrumentos musicais.
A zona de alimentação também é imperdível.
E no final do dia fizemos um passeio de barco a ver o pôr de Sol no Mekong.
Proporcionando uma vista pitoresca do Palácio Real, Museu Nacional, parques e o horizonte de Phnom Penh.
Através do Tonle Sap e subindo o rio Mekong para ver as vilas flutuantes dos pescadores.
A pobreza é infelizmente a cara desta cidade.
É revoltante olhar para estas formas de vida.
Muitas das crianças de rua são alugadas ou vendidas pelos próprios pais que em desespero procuram ajuda para alimentar a família.
Diz-se que são entregues a gangs. As crianças passam o dia a percorrer a cidade em busca de estrangeiros a quem pedem dinheiro. Em troca desse dinheiro a criança recebe um prato de comida diário e um local para dormir.
E acabamos a noite com uma enorme festa na cidade. O lindo Festival da Água, fomos abençoados por esta celebração.
O mundo veio juntar-se à rua!
E cabe sempre mais um, estende-se a toalha no chão e pimba espalha-se a comidinha por todo o lado e vai disto!
Um autêntico bacanal de comida, música e boa disposição.
E no rio passam as lindas embarcações todas iluminadas! Pirosas ou não, festa é festa!
Nós optámos por comer muito bem no Riverside Bistro, um caril de camarão e um Amok supimpa!
A oferta era razoável, entre umas baratinhas voadoras fritas, lesmas cozidinhas, gafanhotos ou cobra no espeto, sapos assados...
É caso para dizer venha de lá o diabo e escolha!
Dia 22 de Novembro
Phnom Penh – Sihanoukville – Koh Rong
E lá fomos nós até à praia, para mergulhar as mágoas e acreditar que um dia a vida será melhor para todos!
Chegámos ao porto de Sihanoukville e apanhamos o barco para Koh Rong Samloem.
Koh Rong está localizado a cerca de 25 km de Sihanoukville, no Golfo da Tailândia.
Koh Rong Samloem é um pequeno paraíso.
Dormimos 2 noites no Pipes Resort
Não adorei o serviço prestado, achei que a relação qualidade preço deixou muito a desejar.
As noites são românticas nos vários restaurantes da ilha que se prolongam pela areia...
Dia 23 de Novembro
Momentos que marcam a alma e a vida da gente!!
Okoon Tom Tom (Obrigada)!
Atravessar a Ilha é obrigatório... a minha casa ficava do outro lado!
O meu mar ficava aqui mesmo...
Onde o Sol mergulhava no Mar!
Dia 24 de Novembro
De volta a Sihanoukville onde iríamos ficar a última noite, para um dia de visita ao Ream National Park. Também porque deixar o transfer de barco e um percurso de cerca de 5 horas de carro e ainda os 3 voos para o mesmo dia seria muito arriscado.
Visitámos o Ream National Park, foi uma grande desilusão uma vez que o Parque está a ser destruído e arrasado para construção de Resorts.
Assim como a cidade de Sihanoukville está cheia de Casinos e contaminada de construções chinesas.
O caminho para Hotel era um horror.
Dormimos no Don Bosco Hotel School
Este era um hotel escola, embora longe de tudo, acabámos por ficar bem pois os estudantes são todos muito prestáveis e educados. Pena é a degradação dos quartos e a envolvente.
Dia 25 de Novembro
Está na altura de regressar a casa e lá vamos nós até Phnom Penh directinhos ao Aeroporto de onde iremos voar para Singapura, depois Milão e depois Lisboa de novo na Singapore Airlines.
Esta viagem de carro entre Sihanoukville e Phnom Penh durou cerca de 4 horas. Já está quase... chegámos a Singapura ufffa!
E já chegamos a Milão!