O Longínquo Alasca
O Alasca tem paisagens de cortar a respiração, a Fall season é magnifica pelas suas cores, tons de vermelho, dourados, amarelos e vários verdes enchem-nos a alma.
Milhares de árvores, montanhas, onde a neve derrete...
Nesta altura do ano, início de Setembro, forma cascatas até aos fiordes, não consigo descrever a beleza.
Muitos glaciares desaguam aos nossos pés, dá para chegar bem próximo deles e curvar perante a sua imponência, o seu ranger e pequenas derrocadas...
Pequenos blocos de gelo misturam-se com icebergs e fazem de ninho para as divertidas lontras.
E por aqui também se passeiam as orcas e outras baleias.
Voámos via Frankfurt, na Tap Air Portugal e depois na Condor para Anchorage.
Foram quase dez horas de voo: vai pelo Polo Norte, avistámos a Gronelândia, Canadá, as lindas montanhas do Alasca...
A diferença horária é de 9 horas menos no Alasca em relação a Lisboa, torna-se até engraçado pois chegamos lá praticamente à mesma hora que descolamos... não fora o cansaço e seria perfeito.
É importante reservar, pelo menos, duas semanas para estas férias.
Em Anchorage a maior parte dos hotéis tem free shuttle do aeroporto para a cidade e fica mais barato recolher o carro lá (alugámos carro rodas altas com receio das estradas dos Parques nacionais e da neve).
Ficámos no Anchorage Hotel Clarion Suites.
A cidade é bem grande e tem vários percursos para fazer a pé, é sobretudo muito calma.
Jantar na Glacier Brew House é obrigatório, sempre cheio, é muito bom. E claro que comemos lá mais do que uma vez.
Fomos até Seward, no caminho parámos para ver as Belugas que brincam junto ao Beluga point, há várias paragens pela marginal fora.
Visitámos o Wildelife Conservation Center, engraçado, mas tem poucos animais.
Fomos ver o Exit Glacier, uma caminhada pelo meio da natureza até ao monstro lindo.
Aconselho almoçar num dos restaurantes do porto de Seward e seguir de carro até ao final do porto pela estrada de terra, ver as vivendas que assentam em estacas de madeira, os barcos, os hidroaviões e as lontras a brincar na baia, o salmão a saltar, focas e golfinhos, com muita sorte até baleias.
Ficámos no Hotel Seward.
Depois... Whittier, no caminho, lagos onde os nenúfares desenham autênticas obras de arte e os castores constroem as suas casinhas de madeira, é lindo.
Passar pelo túnel para chegar a Whittier é engraçado, às vezes temos que esperar que passe o comboio.
Fizemos um Cruzeiro de um dia no Prince William Sound a ver os glaciares, lontras, focas, muitos pássaros, águias, leões marinhos... daí regressámos a Anchorage - Hotel Hawthorn Suites.
Seguimos por Talkeetna e fizemos uma pequena caminhada pelos rios.
Ficámos duas noites nas casinhas Perch, são uma espécie de bungalows lindos, um lugar mágico, bastante perto da entrada de Denali National Park.
Um parque maravilhoso onde fizemos um passeio de 12 horas até Kantishna.
Jantamos maravilhosamente no hotel.
O passeio no parque de Denali foi um dos auges desta maravilhosa viagem, vimos várias vezes ursos e uma mãe ursa com um bébé, mesmo ao nosso lado na margem da estrada.
Vimos raposas, alces, veados, esquilos, marmotas, um mocho, cabras de montanha...
E as paisagens Meu Deus!!
Seguimos para Fairbanks, a cidade do ouro, onde ficámos no fantástico Pikes Waterfront lodge.
Visitamos a El Dorado Gold Mine, engraçado fazer o gold panning e podemos trazer as pepitas que encontramos.
Jantar razoável no bar do Pikes.
O passeio no Sternwheel Riverboat Discovery Cruise pelas 8:45, até ao almoço, é fixe, mas é mesmo pra turista ver!!
Seguimos na Richardson Highway, a mais antiga do Alasca, começa em 1898, o caminho segue o do petróleo, uma pipeline atravessa o Estado desde Prudhoe bay até Valdez, é fenomenal, um projecto incrível.
Ficámos no Caribou Hotel, não gostámos muito, era um bocado porquito e eles eram antipáticos.
Visitámos a casa do Pai Natal, em North Pole, mas infelizmente não é mais que uma gigantesca loja de brinquedos caros!!
E fomos até Chitina, entrando pelo parque dentro - Wrangell Santa Ellias Nathional Park (este parque equivale ao tamanho da Suiça, nele encontramos 9 dos 16 picos mais altos e extensos campos de gelo).
A estrada é de terra, mas faz-se muito bem com o jipe, valeu a pena pelas paisagens mas não tivemos muita sorte em relação a animais, só vimos castores.
Ao chegar à ponte atravessámos a pé para McCarty e apanhámos um shuttle bus para o lindo Kennicott river lodge...
Onde almoçámos.
Visitámos as minas de Kennicott de onde se avista o glaciar.
O Mill Building Cooper Corporation foi construído no início de 1900, era viver no selvagem, ouvindo contos de grandes fortunas, tenacidade de homens de fronteiras e fins trágicos.
No regresso ficámos no Hotel Chitina, muito antigo, típico mesmo, é interessante pelo menos beber aqui um café!!
O nosso destino era Valdez.
À entrada, no rio, o salmão saltita e alguns desgraçados morrem porque teimam em subir o rio e não conseguem.
Todos param, é um espectáculo digno de ver, as gaivotas oportunistas picam o salmão ainda vivo e comem os que podem!!
Valdez é a pequena Suiça do Alasca, montanhas verdejantes, cascatas e mil flores selvagens.
Jantámos e pernoitámos magnificamente no Cooper Center lodge road house - muito típico, mesmo encostado ao rio.
Em soberba companhia.
Passeámos por ali, vimos pescar no rio, os pescadores a pé mergulham-se até aos joelhos a pescar, com umas botas gigantes, é engraçado ver.
Seguimos ao longo do exuberante Vale matanuska, sob a Glenn Highway, é uma das mais antigas e panorâmicas estradas do Alasca. Glenn, como é conhecida pelos locais, segue o rio matanuska acima até ao seu começo, o Glaciar matanuska, que visitámos.
Chegámos a Anchorage e almoçámos no bar original Humpy's.
Visitamos a loja de artesanato dos esquimós - ULU é interessante mas cara.
Dormimos no Confort Inn Sheep Crick, muito bonito, mas barulhento por causa da estação de comboios.
Seguimos para Homer, almoçámos a caminho num restaurante muito original - Kenai River brewing company... e fizemos muitas paragens, a paisagem é irresistível.
Este foi o lugar que mais gostei, uma baia lindíssima, cheia de pássaros, vi os famosos papagaios do mar, águias, gaivotas, garças.. as estrelinhas do mar...
Fim da terra...
Muitos pescadores, hidroaviões, casinhas coloridas, lojinhas, restaurantes, uma marina fantástica... adorei!
Pernoitámos no fantástico Land's End Resort, uma suite para os quatro, nós e os filhos, mesmo na praia, com varandinha encostada à areia.!
Voámos de hidroavião até ao famoso Katmai Nat Park e vimos a ursalhada toda a comer o salmão, a brincar, a lutar... foi lindo!!
Os ursos são enormes e estão gordos que se farta nesta altura do ano, por isso parecem peluches gigantescos.
E estava lá a National Geographic em peso a filmar e a fotografar.
Fizemos umas caminhadas pelo parque, após uma lição introdutória de como lidar com os ursos, se os encontrarmos pelo caminho.
São animais bastante perigosos e não gostam de ser surpreendidos, por isso devemos conversar alto para que notem a nossa presença.
Existem espaços mais protegidos, plataformas de madeira onde podemos caminhar ou parar para fotografar.
O passeio de hidroavião parte do Beluga Lake e dura uma hora e meia, é caro mas é uma experiência única, a paisagem é deslumbrante.
No regresso vim de copiloto, foi brutal, fiz algumas comunicações, eles são mesmo descontraídos e super simpáticos...
A rasar as montanhas, os lagos, procurar os alces e as baleias...
Esta noite jantámos magnificamente: umas patas de caranguejo do Alasca fresquinhas, outros mariscos e uma chowder deliciosa!
Dormimos no Beluga Lake Lodge em Hommer.
A última noite ficamos no Howard Johnson's, mas não gostámos.
O Alasca é mesmo um lugar muito especial, apenas 1% do território de 945mil Km2 é habitado, a natureza impera, exibe toda a sua grandeza.
Tem características geográficas incríveis, com vários ecossistemas, como florestas húmidas, glaciares, tundras e até um deserto com dunas de areia.
