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Roteiro na Escócia em busca da Água da Vida

  • Ana Marecos
  • 20 de out. de 2019
  • 9 min de leitura

A Escócia é um destino encantador com paisagens grandiosas, Castelos de sonho e povoações pitorescas.



É um país com um passado histórico rico, místico e fascinante.


É o cenário do Coração Valente! Quem não se emocionou com William Wallace, interpretado por Mel Gibson no filme Brave Heart.



Há aqui um misto de bravura Viking e magia Celta. Encontramos em muitos lugares cemitérios muito, muito antigos, onde misteriosos círculos de pedra se alinham com o Sol, parece um mundo de contos de fadas.


Com quase 800 Ilhas e algumas das paisagens mais belas do mundo.


É um dos países do Reino Unido e cobre o terço Norte da Ilha da Grã-Bretanha.



Edimburgo, a capital e segunda maior cidade do país, foi o centro do Iluminismo Escocês no séc. XVIII, transformou a Escócia numa das potências comerciais, intelectuais e industriais da Europa.



Glasgow, a maior cidade, já foi um dos polos industriais mais importantes do mundo.


Histórica e geograficamente o território escocês é dividido em duas grandes regiões: as Lowlands e as Highlands, ou as Terras Baixas e as Terras Altas.


Nas Terras Baixas, ficam concentradas as grandes cidades, como Edimburgo, Glasgow, Stirling e Dundee.


As Terras Altas, são muito pouco povoadas, com a fantástica cidade de Inverness em destaque, na margem Norte do Lago Ness.



A região é dona das mais belas atrações naturais de todo o Reino Unido, com lagos, fiordes e montanhas cheias de neve.



E depois claro a famosa água da vida... o Whisky que tem a sua rota panorâmica, a sua história e um sabor fenomenal.



Para os apreciadores é provavelmente o melhor Whisky do mundo.



A bebida Nacional dos escoceses. Existem mais de cem destilarias pela Escócia.


Dia 9 de Março Sábado

Voamos à tarde para Manchester, na Tap Air Portugal.


Levantamos o carro que já tínhamos reservado para o nosso grupinho de 6.


E fomos dormir ao The Old Stone, rumando à Escócia.


Dia 10 Domingo

Quando chegámos, já era tarde para jantar, e resolvemos comer uns wraps no Mac e descansar para estarmos prontos para a jornada do dia seguinte.



E não nos arrependemos pois o pequeno almoço era muito bom e a caminha também.


O nosso objectivo era atravessar os Parques Naturais Yorkshire Dales... Lake District National Park.


O tempo não deu para grandes paragens pois estava frio e neve. Parar em Carlisle foi muito interessante, a cidade fica já quase na fronteira com a Escócia.



É um lugar com uma arquitectura muito típica, se não fosse o frio e a ventania, até que apetecia fotografar cada porta, cada casa!

A nossa primeira paragem na Escócia foi Gretna Green, estávamos curiosos em relação à História deste lugar.

Os casamentos escoceses são lindos, cheios de tradição e romance.

Muitas pessoas visitam as paisagens irregulares da Escócia para fazer os seus votos.


Era possível fugir para Gretna Green, ao encontro de um ambiente de romances selvagens e espontâneos.


A idade legal para realizar o casamento na Escócia era de 14 para os meninos, 12 para as meninas.


A partir desta idade não precisavam do consentimento dos pais.


Como Gretna Green era uma Vila limítrofe com a Inglaterra e uma das áreas mais facilmente alcançáveis ​​no Sul da Escócia, isso tornou o local perfeito para um casamento descontrolado.


Esses casamentos fugidos trouxeram fama e uma reputação romântica a Gretna Green.


Os próprios Ferreiros locais desempenharam um papel importante nesta história, realizando inúmeros casamentos, tornaram-se famosos como “Sacerdotes da Bigorna”.


Daqui seguimos para Glasgow e ficámos instalados magnificamente no Hotel Ibis Styles Glasgow Centre West. É o tipo de lugar onde gosto de ficar nas cidades grandes, bem localizado, muito moderno e limpo, cheio de mimos, fruta e café à disposição...



E a decoração super fashion.


Glasgow é a maior cidade escocesa e a terceira maior do Reino Unido.

É lá que fica a Sede da maioria das empresas do país.



Vale a pena dar uma volta na cidade e ficar aqui pelo menos uma noite.



Museus, atrações artísticas e compras em lojas caras. Igrejas e muitas edificações lindíssimas.


O Centro de Glasgow é cheio de vida, com algumas ruas fechadas para pedestres, repletas de artistas de rua.



A principal praça da cidade é a George Square, onde fica a Câmara Municipal.


Buchanan Street, Argyle Street e Sauchiehall Street são as ruas mais famosas da cidade.


As lojas ficam dentro de prédios históricos o que ainda é mais encantador.


Merchant City é uma área totalmente reformada e hoje uma das mais caras da cidade.



No séc. XIX era um polo Industrial, cheia de armazéns onde se produzia tabaco e açúcar.


Actualmente os armazéns foram transformados em bares, restaurantes e galerias de arte cheias de charme.



O West End fica no limite Oeste da cidade. É muito procurado pela grande oferta de hotéis e pousadas.



Fomos jantar ao fantástico Ardnamurchan Scottish Restaurant & Bar.



E provámos o tão especial Haggis, a comida mais popular do país que consiste num bucho inteiro de carneiro recheado com vísceras numa massa de farinha de aveia.


À noite fomos até à iluminada Ashton Lane.



Uma ruela cheia de barzinhos aconchegantes, com ambiente fixe para brindar à vida!



A Gallery of Modern Art é o maior museu de arte contemporânea de Glasgow e inclui nomes como Andy Warhol e Sebastião Salgado.


Mas o que nos levou até aqui, devido ao pouco tempo que tínhamos de visita, foi a parte exterior do museu, onde se encontra a estátua equestre do Duke of Wellington.



Vive com um cone de trânsito em cima de sua cabeça. A polícia inúmeras vezes retirou o cone para, no dia seguinte, ver a estátua com ele novamente. Actualmente foi integrado à estátua e faz parte das atrações da cidade como exemplo do bom humor escocês e do espírito rebelde deste povo.



Dia 11 – Segunda-feira


Atravessamos os parques Nat Loch Lomond & Trossachs (estrada A82).



Fort William é a cidade base para explorar Ben Nevis, a montanha mais alta do Reino Unido.



É daqui que parte o Jacobite Steam Train, a ferrovia que serviu de inspiração para representar o comboio de Hogwarts, na série de filmes Harry Potter.


Mas informaram-nos que o comboio não passa nesta altura do ano, só a partir de Abril. Por várias vezes nos pareceu que a vida recomeça em Abril na Escócia, naturalmente por ser Primavera!


O Ben Nevis é o cume mais alto da Grã-Bretanha, com 1345 m.



É possível subir ao cume, de forma independente, no Verão, e em excursões organizadas em Fort Williams, no Inverno.



Nós fizemos uma distância que nos pareceu razoável, quer em termos de dificuldade, quer em termos de tempo.



O vento é forte, é importante ir agasalhado e com calçado apropriado para andar na neve.



Requer muito esforço físico pois a subida é íngreme.



Seguimos para Corpach, uma bonita cidade, bela panorâmica dos Lagos Eil e Linnle, estrada A830.


Em Glenfinnan existe um monumento com 20m de altura em homenagem a apoiantes de Bonnie Prince Charlie na rebelião séc. XVIII. Pelo caminho vamos encontrando lugares encantadores onde apetece parar e ficar!



Fomos seguindo até à costa de Arisaig, uma praia onde se pode fazer caminhadas, passeios de Kayak... no Verão claro, porque agora está muito frio!



Continuamos até Morar que parece uma praia tropical com areias brancas e água azul.



Mallaig é um bom lugar para comer peixe fresco, uma Vila de pescadores.


Mas esta altura do ano apanhámos muito frio e um vento intenso e muito poucas pessoas na rua.



Nem sei como conseguem deixar os bichinhos assim...



A estrada de Fort Williams a Mallaig é das mais belas da Escócia.



Elgol é um promontório rochoso extraordinário, encontramos a Igreja de Kilchrist em ruinas e podemos contemplar as montanhas Cuillins.



Percorremos quilómetros e quilómetros de paisagens incrivelmente belas, mas o Sol pouco espreitava...



Batalhamos contra o frio e fomos parar num lugar inóspito onde uma menina tinha um pequeno café com uma deliciosa sopa de tomate que nos aconchegou o estômago e a alma!



E lá seguimos viagem depois de uns scones e umas anchovas... um almoço diferente!


IMG_1707

Este é um lugar onde faríamos um picnic e ficaríamos uma tarde à conversa não fora a chuvinha que não nos largou!



Por todo o lado se vêm cemitérios em descampados... com paisagens onde qualquer morto descansa em paz.



Dormimos em Mallaig no West Highland Hotel.



É confortável mas está já um pouco velho e degradado, em especial os quartos.



Dia 12 Terça-feira


As Terras Altas formam uma zona montanhosa ao Norte da Escócia, toda cercada de belíssimas paisagens. É uma região que remete aos clãs escoceses dos séculos XVIII e XIX.


A destilaria de Whisky Malt Talisher é um bom lugar para provar a famosa água da vida, mas estava fechada.



Tentámos ir às Fairy pools mas a distância a percorrer a pé seriam mais de 2 horas e o segurança do parque explicou que seria perigoso devido ao mau tempo.



Visitamos o espaço de Skeabost, onde só conseguimos chegar por indicação de pessoas locais...



Parecia que estávamos num série de aventura.



Uma antiga Capela Medieval e um cemitério com sepulturas muito antigas, envoltas em mistério!



Fizemos quase toda a caminhada de Old Man of Storr, maravilhoso, inigualável!



O relevo vulcânico impressionante de Quiraig é o Stor, um monólito de basalto com 55m de altura.


Não chegámos a ir a Kilt Rock, o miradouro para contemplar a Costa da Ilha de Skye. Mas foi com estas paisagens que seguimos até Portree.



Portree é um porto piscatório com casas muito coloridas.



Foi por aqui que jantámos e passeámos um pouco.



É uma cidade rodeada de colinas que nos possibilitam vistas magníficas em redor e uma belíssima baía.



Dormimos no Skye Lodges, numas casinhas de madeira super acolhedoras.



Dia 13 - Quarta-feira


Atravessamos Kyle of Lochalsh, lagos, montanhas, fiordes, castelos, a estrada A87 é de cortar a respiração.



O magnífico Ellean Donan Castle tem uma ponte de pedra que o liga à ilha.




Rumámos a Five sisters of Kintail, cinco cumes montanhosos que se erguem sobre o Lago Cluanie.


Fizemos um lanchinho e uma caminhada em Foyers.



Foyers localiza-se nas margens do lago Ness. É uma bela localidade para parar o carro e fazer um percurso pedestre.



Urquhart, o magnífico Castelo também nas margens do lago Ness.



Sempre em marcha pela Great Glen Way, a falha tectónica que corta a Escócia, responsável pelo aparecimento de vários Lagos que vão desde Kyle of Lochalsh até Inverness, nomeadamente Loch Ness, Loch Cluanie e Loch Duich.


O Lago Ness possui 39 Km de comprimento e um máximo de 300m de profundidade.



Uma Lenda está associada a este lugar, reza a história que existe um Monstro que habita as águas escuras do Lago.



Continuámos para Inverness que é a capital das Terras Altas e a sua maior cidade.




Adorámos a cidade, muito organizada e bonita, cheia de lojinhas, restaurantes, cafés, Igrejas..



E um Castelo claro!



Inverness é o melhor lugar do Reino Unido para ver a Aurora Boreal, mas o céu estava demasiado encoberto para deixar passar luz!



Jantámos pela cidade e lá fomos dormir no encantador Bunchrew House Hotel.



Tínhamos que passar pelo menos uma noite num Castelo.

Dia 14 – Quinta-feira


De manhãzinha após o pequeno almoço Real...


Fomos até ao Fort George, cidade medieval fortificada, construída num promontório rochoso, no estuário do Rio Moray.



Pareceu-nos interessante mas acabámos por não visitar na totalidade, pois os dias são curtos e temos sempre que fazer opções.



Queríamos muito visitar o Castelo de Cawdor e lá seguimos.



O Castelo de Cawdor, conhecido pela tragédia Macbeth de Shakespeare, uma das personagens é Thone de Cawdor, dizem que por dentro é um autêntico Palácio.



Com muita pena nossa e bem que tentámos, mas não conseguimos ver, porque a Dona estava lá a passar uma temporada e todas as visitas tinham que ser agendadas com antecedência.



Sem mais delongas seguimos as nossas visitas até à linda cidade de Elgin com o principal objectivo de visitar a Catedral em ruínas.



Mas efectivamente ficámos mais um pouco pois a cidade merece muito, é animada e bela.



Ficámos de tal forma que pimba, íamos levando uma Multa, não fora a polícia um tremendo exemplo de justiça e educação, que ao perceber a nossa inocência nos deu apenas uma advertência... até ao final das férias ou portas-te bem ou pagas a duplicar, esta e a outra multa que eventualmente tenhas!! Muito bommm!



A Catedral de Elgin é uma bela abadia com um cemitério com lápides espalhadas pelo recinto.




Almoçámos num bar com ambiente fantástico, uma comidinha indiana deliciosa.

Seguimos caminho para atravessar o Parque Cairngorms.


Dormimos em Pitlochry no lindíssimo The Claymore.



Fomos recebidos pelo Dono, um Sr. incrivelmente atencioso, adoramos este lugar.


Aliás toda a Vila é maravilhosa e o ambiente que aqui se vive, muitos jovens pelas ruas, fenomenal.



Dia 15 – Sexta-feira


E pronto no dia seguinte um pequeno almoço tão especial...



E uma caminhada refrescante pelo Hermitage que fica a 5 minutos de carro.



É um desfiladeiro de árvores e algumas Cascatas, um delírio de cores da natureza!



Edimburgo esperava por nós e não tardámos a visita.



Fizemos pela primeira vez uma Free Walking Tour, confesso que amei, vou repetir noutras cidades, sempre que tiver oportunidade!



As pequenas histórias, as risadas, a perspectiva que se tem de uma cidade como esta... sim vamos voltar!



Edimburgo é a capital da Escócia.

A cidade possui uma magnífica arquitetura gótica.



A Royal Mile é a artéria principal e o local ideal para começar a explorar as ruas medievais da cidade.



O Castelo, histórica fortaleza de Edimburgo, é uma zona onde se respira um ar medieval. É um lugar incrível, mesmo que não tenha tempo de visitar por dentro e queira voltar um dia!!!


Jantámos por lá e fomos dormir já a caminho do nosso regresso...


No Bonkle House que era muito bonito por fora mas os quartos eram esquisitos, estava tudo meio abandonado. Mas a neve lá fora misturada com o verde intenso deixou-me encantada e meio nostálgica nesta despedida de mais uma viagem.


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