Yangon... Rangum... a cidade livre de inimigos
Myanmar tornou-se independente em 1948, era uma colónia britânica chamada Burma ou Birmânia em português.
Em 1989 a Junta Militar mudou o nome do país de Burma para Myanmar.
Yangon foi construída ao redor do Pagoda Shwedagon, mas durante a invasão inglesa, o centro migrou para uma região mais a Sul da cidade, próxima ao rio Yangon e do porto.
A organização desta viagem, na qual reservei alguns transferes privados e visitas deve uma enorme ajuda à infinita generosidade da Yang que também me apoiou no desenho da fantástica viagem ao Vietname.
sales.yinyangtravel@gmail.com
Ficámos as duas primeiras noites no Merchant Art Boutique Hotel, que fica próximo do Pagoda Shwedagon. O terraço que é um pequeno restaurante e bar e tem vista para o Pagoda.
O Hotel não é nada de transcendente e pratica um preço alto, as minhas expectativas eram bem superiores, o quarto é pequeno, decoração sofrível, casa de banho demasiado simplória.
Não gostei que nos cobrassem 3% extra pelo facto de pagarmos com cartão de crédito, torna-se ridículo e foi o único lugar onde isso nos aconteceu em Myanmar: afinal de contas os bancos cobram taxas de serviços a ambos quer quem paga, quer a quem recebe: literalmente este Hotel faz-nos pagar duas vezes, por eles e por nós.
Os hotéis em Myanmar são geralmente caros para os preços praticados na Ásia e não estão ao nível dos preços que praticam.
Ficámos depois uma noite no Hotel G que adorei, mais caro um pouco, mas excepcional, decoração super moderna, atendimento fantástico e localização TOP. SAINT MARY’S CATHEDRAL fica pertissimo deste Hotel.
A nossa cidade de chegada a Myanmar foi Yangon, a principal cidade do país.
Fundada no século VI pelo povo Mon, que chamavam a este lugar Dagon.
Era uma pequena vila de pescadores, a qual fazia parte de um roteiro peregrino sagrado devido ao Pagode Shwedagon, uma importante Stupa (monumento construído sobre os restos mortais de uma figura budista relevante) para todos os budistas.
Dá vontade de tirar milhares de fotos é um lugar único, cheio de emoção e fé, de uma espiritualidade ímpar!
Atualmente é a maior cidade do Myanmar e o seu nome significa “cidade livre de inimigos”.
Vitimada por incêndios, terramotos e tsunamis e ainda pela Segunda Grande Guerra que devastou a cidade.
Mesmo assim muitos monumentos, principal-mente lugares sagrados são mantidos pelo povo.
Yangon fica no Sul do país, é a atual capital do Myanmar.
É uma cidade grande, em crescimento explosivo.
É considerada uma das cidades que mais cresce em todo o sudeste asiático.
A viagem foi um bocado cansativa pois além da distância voámos para o Dubai que era o voo mais directo, com apenas uma escala, mas que durou cerca de 7 horas, o que não se repetiu no regresso Graças a Deus!
Começámos a nossa visita a Yangon apenas no dia seguinte à nossa chegada, na primeira noite jantámos tranquilamente no roof top bar do Hotel com vista para o Pagoda.
Justamente o espectacular Shwedagon Pagoda (Paya), a sua estupa dourada é o coração de Myanmar.
Acredita-se que este Pagoda tem cerca de 2500 anos. Possui uma estupa central decorada com milhares de estátuas.
Milhares de pessoas rezam e fazem oferendas diariamente.
Visitámos o Chauk Htat Gyi Pagoda para ver o enorme Buda deitado com 66 metros de comprimento e quase 20 de altura.
Muito próximo deste Buda existe outro lindíssimo que normalmente não é visitado pelos turistas, mas fica ao ar livre e vale muito a pena lá ir, ao passarmos chamou-me a atenção a grandiosidade e pedi ao nosso motorista para parar ali...
O Sule Pagoda que também é muito antigo com 2200 anos e sagrado para os birmaneses, mas fica encravado bem no meio de um trânsito caótico, rodeado de edifícios do estado e lojas.
O City Hall, Maharbandoola Garden no qual estão o Independence Monument e alguns edifícios coloniais britânicos, além do prédio da Câmara Municipal.
Hotel Strand, hotel histórico construído em 1901, entrámos mas parecia uma perseguição cada passo que dávamos tentavam perceber se éramos clientes, quase nem deu para ver bem a recepção; uma guarda excessiva para turista.
A rua Pansodan, conhecida pelos seus edifícios coloniais.
Botahtaung Pagoda, um dos únicos pagodes existentes em que a estupa é oca, podendo ser visitada por dentro. As paredes e o tecto são totalmente cobertas de ouro, ricamente trabalhado, e ali encontramos várias relíquias preciosíssimas do budismo. No meio da construção, existe um grande poço, cheio oferendas.
Bogyoke Park e o seu lago Kandawgyi onde fica ancorado o belíssimo Karaweik (Barco Real birmanês). Actualmente possui um restaurante chic em seu interior.
O mercado Bogyoke Aung San também conhecido como Scott’s Market (fechado às segundas-feiras), onde podemos ver os locais a venderem frutas, comida, roupas, artesanato, joias.... prata, pedras preciosas, laca...
China town para ver os pequenos mercados locais.
Little India
Num dos dias almoçamos no delicioso 999 Shan Noodle que recomendo, mas atenção fica numa zona bem pobre e degradada da cidade.
A comida é boa, e fica bem em conta.
Não fizemos o Circle Line, mas há quem recomende. No entanto, como tinha programado exaustivamente todos os cantinhos de interesse e com carro privado, o que nos facilitou imenso toda a viagem.
O comboio sai da estação central Yangon Central Railway Station, e a passagem custa cerca de 1 dólar.
Outro dia almoçámos no Monsoon, razoável mas já muito turístico, talvez não tenhamos feito uma boa escolha mas na verdade ficou aquém das minhas expectativas! Até aqui já cobram percentagem de serviço!
Uma das coisas que aprecio fortemente na Ásia é o facto de, normalmente, não exigirem gorjetas e não se ofenderem pelo facto de as pessoas pagarem e pronto!
E até ficarem surpreendentemente agradecidos quando damos uma boa gorjeta. Mas infelizmente os locais mais turísticos facilmente apelam à ganância e à exploração.
