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Potosi a Montanha Rica

Por entre panoramas de montanhas e vales chegamos à cidade de Potosí.

As ruas de terra e o visual das montanhas dos Andes bolivianos ao fundo deixam os turistas encantados com o charme de uma paisagem que parece ter parado no tempo.

Entre os destaques estão as igrejas em estilo barroco andino, a montanha Cerro Rico.


A riqueza gerada pela prata deixou em Potosí um importante legado arquitetónico barroco com lindas praças, palacetes e dezenas de igrejas com um rico acervo de arte sacra.


Em 1987 a cidade foi declarada Património da Humanidade pela UNESCO.

Da Plaza de Armas dá para se ver o Cerro Rico. Olhando para essa montanha desenhada no meio da paisagem árida, chega a ser emocionante imaginar que dali saiu a prata que movimentou a Revolução Comercial na Europa nos séculos XVI e XVII, financiou guerras e alimentou o poder real espanhol.


É linda a Catedral da cidade.


As primeiras igrejas foram construídas para os espanhóis. Mais tarde, outras foram erguidas para reforçar a influência católica junto aos índios.


San Lorenzo Calle Bustillos, famosa pela fachada barroca de pedra com visível influência nativa, foi construída para os índios carangas.

Torre de la Compañía, a primeira igreja jesuíta erguida no local data da segunda metade do séc. XVII. Construída com pedras e adobe, desabou e foi reedificada no séc. XVIII, quando se construiu a magnífica torre, uma das mais interessantes construções coloniais da Bolívia.

Todos os cantos e recantos têm os seus encantos!

A Casa de la Moneda, esse casarão, cuja construção foi iniciada em 1553, é provavelmente o maior prédio da administração colonial espanhola nas Américas ainda existente.


A parte mais interessante da visita é a que mostra como as moedas eram cunhadas. Inicialmente as prensas funcionavam pela força dos braços, acionadas por escravos. Mais tarde, pela força de burros, até estes serem substituídos por máquinas a vapor instaladas em 1869.


A Casa da Moeda é, sem dúvida, o edifício mais importante da arquitetura civil colonial na América do Sul, de pedra trabalhada, ladrilhos, madeira e ferro que se combinam para criar efeitos elegantes e de grande harmonia, as galerias, as colecções de móveis, de tecidos, de trajes tradicionais, oferecem ao visitante um espaço cultural único.


Sabe-se que os escravos procuravam alívio no fumo, na coca e na bebida.


As ricas cidades coloniais de Sucre e Potosi convidam a descobrir o melhor da vida quotidiana e da história boliviana tendo como fundo as maravilhosas paisagens naturais e humanas dessa parte dos Andes.


Na Praça 10 de Novembro, a principal da cidade, ficam construções coloniais como a Câmara Municipal, a sede do Tesouro Real e palacetes da élite dos tempos de glória.


Pelas lindas ruas Quijaro, Junin e Hoyos, há casarões coloniais restaurados e outros que estão a ser recuperados.



As tonalidades amarelas, avermelhadas e verdes obtidas pela mistura de minerais do Cerro Rico com clara de ovo, tal como nos tempos antigos, devolvem às fachadas o seu aspecto original.




Fiquei fascinada com estas ruelas, enlaçámos as mãos, palmilhámos e printámos as nossas pegadas nesta história que também ficou a ser nossa!

No dia 20 de madrugada fomos de camioneta até Potosí, desde Uyuni, após uma linda e inesquecível aventura pelo Salar.



Depois de visitarmos esta cidade, onde francamente teria ficado mais tempo, se mais férias houvesse, seguimos para Sucre também de camioneta!


Potosi foi antigamente a maior cidade das Américas e um polo económico e financeiro de importância mundial construído inteiramente sobre as riquezas minerais do Cerro Rico – uma verdadeira montanha de dinheiro!



Mais tarde explorou-se o estanho.

Se repetisse esta experiência combinaria um táxi, talvez partilhado pois bem discutido o preço talvez não justificasse a bagunça e os atrasos, apesar de não termos ido desconfortáveis.


Eles tentam encher a camioneta totalmente e gritam pregões, é engraçado mas depois de esperar mais de uma hora começamos a ficar exaustos e desanimados.


Além disso dão boleias à socapa pelo caminho e deixam entrar pessoas que vão de pé, quando todos temos lugar reservado.


Como vão cheios de sacos e de tudo o que é inimaginável, viajam parcialmente em cima de nós: não deixa de ser caricata a experiência.


Aconselho a almoçar no restaurante Candelária em Potosí, muito simples, mas sempre cheio, preço bem acessível e comida razoável.

Estas cidades estavam em festa e foi muito animada a nossa visita.


Hoje resta a lembrança do passado de esplendor e riqueza.


Localizada a 3 967 metros de altitude, é uma das cidades mais altas do mundo.


Foi fundada em 1546. Em 1611, já era a maior produtora de prata do mundo. Tinha à volta de 150 mil habitantes.




Alcançou o seu apogeu durante o séc. XVII, tornando-se a segunda cidade mais populosa, logo depois de Paris, e a mais rica do mundo, devido à exploração de prata enviada a Espanha.


A cidade está aos pés do Cerro Rico, uma montanha com 4800 metros de altitude que fez a riqueza do Império Colonial Espanhol com os seus riquíssimos depósitos de prata que, na época, era de extrema pureza.


Calcula-se que desde o início da sua exploração, foram extraídas ao redor de 40.000 toneladas de prata.


Demos uma voltinha pelo Mercado Central, é um típico mercado público com barraquinhas de comida e utensílios, tudo à mistura.


Atualmente, apesar do baixo grau de pureza da prata agora extraída, mais de 15.000 mineiros ainda trabalham nas minas da mesma forma como se trabalhava há séculos atrás.



As condições de trabalho são duríssimas e entre acidentes e problemas pulmonares causados pela constante poeira, um mineiro não ultrapassa os 15 anos de trabalho na mina.


Apesar de vermos esta dura realidade, uma visita às minas deve ser fascinante, mas infelizmente não dispunha de tempo suficiente na cidade.



Imagino-me a visitar uma mina que foi utilizada desde a época colonial espanhola. Conhecer os hábitos, tradições e a relação especial dos mineiros com a folha de coca, la Pachamama "Mãe Terra" e as forças ocultas na mina. Teria sido certamente bem interessante.



Daqui seguimos caminho rumo a Sucre onde chegámos já bem tarde.





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